PNAIC 2014

quarta-feira, 25 de março de 2015

Alfabetizar com AMOR: NÚMEROS NATURAIS - SEQUÊNCIAS E CONJUNTOS / 2º ANO...

Alfabetizar com AMOR: NÚMEROS NATURAIS - SEQUÊNCIAS E CONJUNTOS / 2º ANO...: Curta a página: https://www.facebook.com/pages/Alfabetizar-com-AMOR/161036797393955 e saiba das atualizações do blog. Trabalhando com os n...

Alfabetizar com AMOR: O PASSEIO DA GOTINHA! INTERDISCIPLINAR/ CICLO DA ...

Alfabetizar com AMOR: O PASSEIO DA GOTINHA! INTERDISCIPLINAR/ CICLO DA ...: Curta a página: https://www.facebook.com/pages/Alfabetizar-com-AMOR/161036797393955 e saiba das atualizações do blog. Como é gostoso brinc...

Como entender: os DIS? Dislexia, Disortografia, Disgrafia, DiscalculiaA identificação precoce de um possível ou suposto quadro de incapacidade ou problema de aprendizagem no ambiente escolar sensibiliza os educadores para o exercício de um novo olhar: “olhar” mais cuidadoso, criterioso, investigativo e com mais participação na vida escolar dessa criança.

A identificação precoce de um possível ou suposto quadro de incapacidade ou problema de aprendizagem no ambiente escolar sensibiliza os educadores para o exercício de um novo olhar: “olhar” mais cuidadoso, criterioso, investigativo e com mais participação na vida escolar dessa criança.
O diagnóstico que envolve a exclusão de outras condições e dificuldade por parte da criança, deve voltar-se para uma serie de sinais e sintomas muito peculiares, que podem sugerir a suspeita e levar a procura de profissionais especializados para tal diagnóstico.
Para cada hipótese, temos um entendimento neurológico e evolutivo de cada expressão e seu respetivo significado:
1 Dislexia

Dislexia é a incapacidade de processar o conceito de codificar e decodificar a unidade sonora em unidades gráficas (forma de grafemas) com capacidade cognitiva preservada (nível de inteligência normal).
Os disléxicos têm capacidade para aprender todas as funções sociais e até altas habilidades, desde que, bem diagnosticado, seja trabalhado nas áreas corticais favoráveis e com estratégias e intervenções adequadas.
Essas intervenções devem valorizar as funções viso-motoras da criança, imagens com significado e significante associados a ritmo e memória visual auxiliando sua memória auditiva, para que desenvolva a capacidade por outras rotas (sabendo-se que sua rota fonológica é prejudicada).
2 Disortografia

Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe corresponde.
Nem sempre a disortografia faz parte da dislexia e pode surgir nos transtornos ligados á má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, na memória auditiva de curto prazo (Deficit de Atenção) e também nas dificuldades visuais que podem interferir na escrita.
3 Disgrafia

Não se pode confundir ou comparar a disgrafia com disortografia, pois a disgrafia tem características próprias.
A criança com disgrafia apresenta uma escrita ilegível decorrente de dificuldades no ato motor de escrever, alterações na coordenação motora fina, ritmo, e velocidade do movimento, sugerindo um transtorno práxico motor (psicomotricidade fina e visual alteradas).
4 Discalculia

discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com falhas para adquirir a adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e motivação.
Não é causada por nenhuma deficiência mental, deficits auditivos e nem pela má escolarização.
As crianças que apresentam esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que é pedido nos problemas propostos pelo educador (professor/pais).
Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, subtrair, multiplicar ou dividir. Além disso, é muito difícil para a criança entender as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho.
Aproximadamente de 3 a 6% das crianças em idade escolar tem discalculia do desenvolvimento (dados da Academia Americana de Psiquiatria).
De um modo geral, o prognóstico das crianças com discalculia é melhor do que as crianças com dislexia, ou pelo menos, elas tem sucesso em outras atividades que não dependam desta área de cálculo numérico.

Artigo original: Profª Telma Pântano - Adaptação: Profª Lana Bianchi e Profª Vera Mietto
www.ceitec.com.br, 01.08.2013
organizar1-full

COMO ORGANIZAR O AMBIENTE ESCOLAR

escola-sala-de-aula-com-professora  Alguns conceitos não podem estar ausentes de um espaço em que  crianças são educadas. Em regiões ricas ou carentes, em centros urbanos  competitivos ou meios rurais distantes, em creches ou escolas públicas ou  em entidades particulares não existira uma educação plena se ocorrer  descaso ou descuido em relação à “higiene”, “decoração”, “natureza”,  “estímulos” e “alegria”. Em relação à questão de higiene pouco se pode  divergir e em hipótese absolutamente nenhuma crianças podem crescer  em meio à sujeira, lixo, moscas, paredes descascadas ou recursos e  equipamentos quebradas. Da mesma forma com não se pode conceber uma  sala cirúrgica sem condições essenciais de esterilização e higiene  ilimitada, o mesmo se requer no ambiente escolar, sobretudo para crianças. A pobreza e limitação material podem ser compreendidas e aceitas, afinal nem todos os centros de educação podem primar por tudo quanto é importante, mas a ausência de higiene é inconcebível com as condições de saúde e com a aptidão para a aprendizagem. Se essa exigência é essencial nas salas de aula, nos corredores e nos pátios ainda o é mais premente e indiscutível nos banheiros. Creches ou centros de educação infantil onde as condições de higiene não tem a nota máxima não podem almejar notas boas em outros quesitos. A condição de higiene ilimitada é quase tudo e sem ela é impossível pensar no resto.

A decoração de um ambiente, longe de representar qualidade apenas estética, é fator essencial na aprendizagem infantil. Os olhos de uma criança enxergam tudo e tudo percebem e, nesse sentido, as cores alegres, os desenhos ilustrativos e que com necessária brevidade são substituídos, precisam encantar as crianças e esse imprescindível encanto necessita alongar-se para os canteiros, hortas, árvores, quadras e outros cantos. Uma eficiente decoração não se improvisa e a ideia que se faz de “bom gosto” necessita opiniões críticas para que se elabore um projeto de decoração, capaz de despertar a fantasia, permitir viagens pela ilusão, abrir portas para o mundo imaginário de uma criança. É, infelizmente, concebível que muitas dessas crianças vivam em favelas e muitas vezes nem disponham de uma mesa m que possam fazer suas tarefas, mas se isso falta no lar que jamais possa faltar na escola. Os centros de Educação Infantil de qualquer município brasileiro, públicos ou privados, deveriam representar o “cartão de visitas” de qualquer administração e, tal como se vê em restaurantes de qualidade, a informação “visite nossas escolas” deveria honrar qualquer administração, ilimitadamente todos os munícipes. Por esse motivo tenha na escola óculos engraçados, nariz de palhaço, uma cabeleira, chapéus de carnaval e quando descobrir as crianças com tédio ou tristeza, convide-o para mudar sua aparência e olhar no espelho, não tenha vergonha de provoca-lo para juntos tornarem-se exóticos. Assumir o nosso lado palhaço de vez em quando nos faz ser mais autêntico. Invente um truque, treine caretas, mexa os ombros… É bom para a criança e bom também para o adulto. Não se esqueça de alguns CDs de músicas infantis e histórias e lendas. Veja se descobre músicas capazes de mexer com as crianças e use para levantar seu astral. Não as use toda hora para impedir o desgaste da rotina, mas reserve-a para momentos especiais, para um fim de semana ou quando pressentir que as nuvens do tédio parecem quer pairar sobre o ambiente. Guarde sempre uma “caixa de bobagens” ou “de fantasias” onde jamais faltam brinquedinhos como apitos, línguas de sogra, chapéus diferentes, bigodes, chifres, brinquedos esquecidos, perucas, bonecos engraçados que adquiriu não para oferecer como presente, mas exatamente para fazer parte dessa coleção e saiba inventar comemorações sem qualquer razão. Não creia que só se comemora quando existem motivos, é sempre interessante inventar uma comemoração e depois… Discutir possíveis motivos. Se não achar motivo algum se lembre de que viver e estar junto às crianças será um sempre um motivo excelente. Quando tiver um pouquinho mais de tempo faça um jornal da classe. Convite às crianças e transforme-as em repórter. Tenha revistas velhas em mãos corte e recorte fazendo de personagens da revista os personagens da escola. Guarde sempre essas edições de notícias malucas e, do primeiro para os números seguintes, vá descobrindo sessões novas. Quanto mais gozações, piadas, brincadeiras, manchetes que parecem feitas para a ocasião melhor será o jornal.

ed-inf-31Não se concebe espaços para a Educação Infantil confinado por paredes. Escola não é presídio e, nesse sentido, deve abrigar mesmo que de maneira limitada espaços organizados para flores, plantas, árvores frutíferas e passarinhos. Que não se pense que esta exigência não condiz com a limitação do espaço físico. O lugar da natureza, o nicho ecológico da escola infantil necessita ser diversificado o que não implica que seja amplo, oferecer a biodiversidade significativa, mesmo que restrita. É concebível que crianças de cidades do interior não tenham, senão através de gravuras e da televisão, oportunidade de observar girafas, elefantes e rinocerontes, mas é um absurdo que não aprendam a olhar as formigas, o cupim, as abelhas, os passarinhos. Se a educação infantil privar a criança dessa oportunidade, não será por certo a educação infantil que todo ser humano merece. Uma educação de qualidade estimula a criança a descobrir as folhas e as flores, treinar o tato (com olhos vendados), o olfato e a diferenciação. Não existe modelo melhor que a natureza para que a criança aprenda a desenhar, fantasiar, inventar. O ambiente deve favorecer as interações das crianças desde bebês, fortalecer relações que estabelecem entre si, envolvendo-as em atividades plenas de significação realizadas individualmente e com outras crianças.

O mais importante meio capaz de disparar o gatilho da inteligência infantil são os desafios que, atuando como estímulos neurais, despertam a curiosidade, ampliam os níveis de fantasias e estimulam diferentes padrões de inteligências comuns a qualquer criança. Assim, é importante que o espaço para a educação infantil possa abrigar um “espaço especial”, em uma sala ou lugar coberto do galpão onde se encontravam alguns “cantinhos” ocupados por materiais ricos e envolventes voltados para a exploração e estimulação de um leque alternativo de inteligências. As crianças dispõem assim de jogos de caça ao tesouro para desenvolver a capacidade de fazerem inferências lógicas, atividades de montagem envolvendo objetos mecânicos simples para explorar a habilidade motora fina, jogos com histórias apresentando paisagens ambíguas e objetos imaginativos e muitos outros. Desta maneira, é interessante que exista:

  • Um cantinho naturalista. Com vasos e flores e hortaliças diversas, diferentes espécies de insetos e pequenos animais.
  • Um cantinho para se inventar e contar histórias. Com livros de gravuras, cartões plastificados com ilustrações diversas, lápis de cor, gravador e Computador com programas e desenhos animados.
  • Um cantinho de Construções. Onde se encontrava blocos para montar, caixas de tamanhos diversos, folha para desenhos e esquemas de construções para se completar.
  • Cantinho Sonoro ou Musical. Instrumentos musicais pequenos, teclados, tambores, flautas e inúmeros outros.
  • Outros. Nesse caso, acolhendo opiniões dos educadores, pais e das crianças que eram estimuladas a propor sugestões.

Nas primeiras oportunidades em que as crianças são levadas a esse espaço a finalidade era para observar, já sendo o mesmo ocupado por crianças mais velhas explorando os recursos, incorporando outros e solucionando Problemas. Após essa fase de observação poderiam participar integralmente das atividades propostas.

Finalizando, é essencial que a concepção de que o ambiente escolar seja “alegre” e que a criança possa deslumbrar-se com alternativas de ações diferentes, mas, sobretudo com profissionais vocacionados para o entusiasmo de propor, sugerir, inventar, criar e, plenamente, envolver. Ainda que, infelizmente não seja muito comum, os ambientes em que a educação infantil se desenvolverá precisa ser pleno de ação e de alegria, jamais esquecendo que este último atributo é essencialmente humano. “Não existe parede “alegre”, piso e forro “alegre”, mas ambientes que ocupados por educadores e profissionais da alegria façam esse sentimento fluir a cada instante, alternar-se a cada hora”.

Toda pessoa adulta deveria dispor do direito de, pelo menos mentalmente, voltar ao “mundo de sonhos” de sua educação infantil onde as bases essenciais de sua formação estabeleceram-se definitivamente. A Educação Infantil é tudo.